terça-feira, 17 de março de 2015

JARDIM - Por Cláudio Lima

JARDIM - Por Cláudio Lima 

As palavras, como uma doce canção, germinam em meu coração,
Algumas tantas rompem e se perdem na escuridão como criança.
Outras porções sufocam-me entre os espinhos das circunstancias:
O coração e razão.

As que germinam pulam até as mãos,
Mas nem todas se transformam em canção,
Muitas são abafadas pelo poder de um não.

Palavras que vem à boca, palavras que vem às mãos,
Outras que abafadas não saem do coração,
Simplesmente sufocada e asfixiada pela força da razão.

O que seria da alma sem a causa?
O que seria da vida sem as feridas?
O que seria dos arrependimentos sem os erros?
O que seria do coração sem a paixão?

Alma quebrada cansada, surrada, marcada.
Feridas mexidas, doidas, de vidas que sangram.
Arrependimentos horrendos, mexendo, que vão.
Paixão que é alma, que salva, que mata a alva.

Sonhos que vêm, sonhos que vão, que dá vida à emoção.
Horas que passam, mas que não deixam pegadas nem marcas.
Só deixam vazios, vazios, vazios ....

Que ficam só....palavras.