Vida
que surge em meio às enroscadas raízes,
Chama-marés
que elegantemente chama o mar,
Redes
que cercam peixes que malham e saltam,
É
vida que pulsa e que é perdida e que salva vida.
Esguicho
na restinga, vida que se mostra,
Meninos
que se surjam, que parecem cão,
É
alegria é vida é pés sujos de lama à ostra.
Crianças
se banham e brincam só de calção.
Rosas
que se abrem ao ar, que voam longe
Em
aguas rasas ou fundas que vão afundar.
Desabrocha
em alegria quando puxam uma tainha,
Sobe
a tristeza quando um engancho encontra lá.
São
ribeirinhos, são caiçaras, sou desta terra
Dos
pescadores e dos comedores de camarões.
Meu
lá é o rio, não perco o brilho, eu Potengi.
Nado
e vivo o rio, sou nativo, sou potiguar .