sábado, 20 de junho de 2015

RESTINGA

Vida que surge em meio às enroscadas raízes,
Chama-marés      que elegantemente chama o mar,
Redes que cercam peixes que malham e saltam,
É vida que pulsa e que é perdida e que salva vida.

Esguicho na restinga, vida que se mostra,
Meninos que se surjam, que parecem cão,
É alegria é vida é pés sujos de lama à ostra.
Crianças se banham e brincam só de calção.

Rosas que se abrem ao ar, que voam longe
Em aguas rasas ou fundas que vão afundar.
Desabrocha em alegria quando puxam uma tainha,
Sobe a tristeza quando um engancho encontra lá.

São ribeirinhos, são caiçaras, sou desta terra
Dos pescadores e dos comedores de camarões.
Meu lá é o rio, não perco o brilho, eu Potengi.

Nado e vivo o rio, sou nativo, sou potiguar .